domingo, 28 de março de 2010

01:01

para expansão de pupilas
almeja –se tudo que é abismo
toda a falta de cor
todo o preto subterrâneo
todo pudor

mantenha as pálpebras baixas
e quando erguer ao branco,
o reflexo impensável de seu asco a luz,
as diminuirá


isso é que eu chamo translovação de valores,
a escoliose te curviou para o errado
agora esborrache a cabeça de um prego contra a sua,
recompensa pelo seu medo de ser plácido





Compasso que me parece dedos
que me correm a pele, sobre a mais comprida linha de ossos, um projétil que me atinge a nuca.
Devia sentir essa sensação, o prazer de sentir a agonia de um frio que percorre a espinha.

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