terça-feira, 14 de setembro de 2010

Chico Buarque - Geni e o Zepelin

De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir

Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo - Mudei de idéia
- Quando vi nesta cidade
- Tanto horror e iniqüidade
- Resolvi tudo explodir
- Mas posso evitar o drama
- Se aquela formosa dama
- Esta noite me servir

Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela
- e isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão

Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni

Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir

Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

sábado, 11 de setembro de 2010

Bagatela ou consciência

Verteu de um tanque quente, amarelo, vide onde parou, pudera hoje não estar mergulhado em liquido de mesma cor.
Torneando as expectativas, assim fui levando, elas a me levarem. Tudo isso sempre esteve nos meus miolos, querendo se esconder. As imagens só trouxeram mais consistência ao que eu já tinha como pura veracidade, fez extravasar a quietude. Embora a densidade tenha baixado, a figura é ainda refletida e mais difusa. O paradoxo foi para engorda, e não voltou abatido. Agora tão robusto que sucumbe desde as orelhas até o a ultima gota de sanidade. A consciência é pura projeção de uma engenhoca ocasionalmente neural. Adornada maracutaia.

Oriundo nascido calvo e alvejado. Moribundo, terminou calvo e entäo formolizado, só isso, e mais nada.

domingo, 5 de setembro de 2010

1,2,3 RUN



Meus caros,
Este que vos escreve é também conhecido como Desacordo. Não direi prazer em conhecê-lo,  você pode desejar não enunciar o mesmo, e isso traria certo constrangimento. E também, você já deve ter esbarrado comigo em outra ocasião.
É tão bonito ver aquela porcelana empoeirada, quando os olhos no meio daquela cabeleira ainda brilhavam, ainda respirava algo que alguém anunciou como boa nova e chamou de amor. Agora eles brilham, mas por causa da angustia que se condensa em baixo dos cílios. Agora o ceticismo tomou conta da pequena brancura cabeluda.
A cabeleira atinge hoje seu mais alto numero de centímetros, mas ela ainda cresce, e cresce contra a gravidade. Suspende seus fios envenenados que sucumbem integralmente toda a matéria. Pobre matéria que não consegue atingir a velocidade da luz e suprir sua necessidade de fuga.

Nada que a brusquidão dessa víbora não abarque.

sábado, 10 de julho de 2010

The Phantom Of The Opera

Beneth the opera house

I know he's there
He's with me on the stage
He's everywere
And when my song begins
I always find
The Phantom Of The Opera is there
Inside my mind

sexta-feira, 9 de julho de 2010

AMA-DE-DELEITE

Foi assim meu deleite:



Após esmurrar, pulular, escarrar em cima dos manequins, toda poeira que verteu de minhas entranhas. Depois de carbonizar aquela bola de esperança e estourar a demasiada lucidez humana que os restava. Lá estavam eles, os manequins ensopados, estagnados, todos indignos de minha presença. Olhos de latrocínio perante toda minha interminável virtude. Comedores de gente, canibais, a mais pura insânia condensada em um aposento quadrado.

Piscates, piscantes!

Chegaram perto do que se chama dignidade, e então, RECUARAM. Covardia eu vi ecoar naquele cubo. Picaretagem escorrendo pelos cotovelos . Assim comeram mais um pedaço de seu pequeno pupilo, arrancaram mais uma de suas belas fantasias.



Então, ATORMENTEI!

Bastou minha astúcia, a astúcia de uma pálida lagartixa, e preciosos segundos, com um sopro para esfriar o chá, ela os deixou abaixo das minhocas. Bastou grunhir qualquer história, e a culpa lavou os manequins. Culpa escorreu pelos cotovelos.

Se fora a dócil chama azul.
Agora arde a auspiciosa e amargurada, a chama amarela. Amadurece assim, o amável amigo,
o acanhado Asco.

Aclamado seja três vezes:

ASCO !
ASCO!
ASCO!





ADEUS,

Assim foi meu deleite

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Where The Wild Things Are




Infância, rebeldia, causas, personalidade.
Perspectivas da adaptação.


A fragrância fora do controle.

sábado, 29 de maio de 2010

Alegoria para com a ascendência da transcedência

Burning something strong
eis a temporada de auto-combustão

Pare
e aprecie este ego inflado em exposição
Alegoria aos seres de neurônios grotescamente superiores e carecas flamejantes.






 a blue flame in our head

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Adolf


                  tem que admitir, ele tinha persuasão e presença

sábado, 22 de maio de 2010

Dirty atmosphere





Homem barbado, mente recoberta pela mesma charlatanice que assolou a geração de reis do antigo regime, o dogma da eterna negação para com a nova prole de laranjas mecânicas. De sua cariada colônia de dentes verte poeira. Poeira de um absolutismo imaculadamente verde, maldita poeira se espalhando junto de sua imaturidade que se consolida com o ar. Ar esse que me recuso a respirar. Um ar falsário, um eterno e rabugento desconcerto com o cosmo. Nega a felicidade, afirma-se um ser superior e viril. Um crítico a repetição dos ciclos de gerações, mas nunca reconheceu o fato de uma melodia. Sobra em mim dúvidas desse tal direito que meus caros barbados tem de esmurrar sua potencia contra os que ainda estão em seu primeiro exoesqueleto.



chove, e ele reclama
                                             chove, e me alegro pois previ que ia reclamar
                                             chove, e a cada gota, se focaliza um dogma barbado em mim.




envelheço, rabugeio, eis aqui, a nova poeira laranja
sou o velho ciclo desrenovador
um falso verniz











THE SHINING


sábado, 15 de maio de 2010

De tudo isso resta o ódio como herança,
Nada de esperança
Só mais uma historia e que não acaba aqui

sexta-feira, 30 de abril de 2010

F(f) = Ø

Maestria de um pé a pendular por entre as cadeiras dos pensamentos pagãos. Balanceando na medida certa, no compasso exato para derreter o verniz e mostrar as rugas do pilantra.

Enxágua-se, assim se irrita as falsas bochechas rosas de um anjo.
Gralhares comutantes se adentram as orelhas, entupindo todas as rotas para a consciência. Murmúrios cheios de nada.



Soa a corneta.HEIL, HITLER!

O ditador,o maciço, demasiado humano, ao esgaçar a porta, derrota o alvoroço dos cordeiros, os envernizados anjos, demasiado caninos. Agora o cabelo branco urra e faz engolir uma função sem função.

domingo, 25 de abril de 2010

sintonizo

É só girar a bolinha, se percorre toda a linha de estações de rádio, mesmo voltando as estações dos primórdios, ainda se pode ouvir o chiar do que vai amanhecer, RELEMBRANÇAS ESQUECIDAS


rosto albino contrastado com o vidro de uma noite embaçada, momento repetido, já é de novo tão surreal, uma nova representação do já vivido, que já é agora, velha, que eu já lembrei, agora revivida, relembrada e reaquecida,

abstratada tão rápido



a precisão da memória duvida do passado,
se essa geração robusta de neurônios que gera imagens e detalhes de objetos com tanta exatidão não é capaz de se afirmar, então não existiu

sábado, 24 de abril de 2010

Cortem-lhe as cabeças

Qual a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha?

quarta-feira, 21 de abril de 2010

The bird and the Worm

All alone he turns to stone

While holding his breath half to death!
Terrified of what's inside

To save his life


He crawls like a worm from a bird!

Sal Cristalizado

De que adianta essas cores, a melhor escolha é o casulo. Ou nem no casulo serve mais, há muitas parasitas. Dez minutos magros, sozinho, isso é o que vê, você sabe que esses minutos são toda a sua vida, sua espera apodrecendo. Essa sinalização não é capaz de diminuir a velocidade de ninguém, não tem a mínima persuasão.
Esse pessoal não sabe o que é Unicornialismo, é básico para trocar as meias.
O preço da cana-de-açúcar vive a oscilar, e ela nem muda sua posição. Circulada pelo perigo ela perece na calada da noite. Fria, sombria e doce.
Doce
Doce

domingo, 18 de abril de 2010

DYOLF KNIP

House é um cara muito legal. Vocês deveriam ver a série dele. Beijamin Linus também. Se quiser, passa no show cover do pink floyd. Você balança a cabeça uma duas ou tres musicas, mexe o pézinho, segura o copo com as duas mãos, depois chega e encosta no tapete, sente a textura do tapete, aí tudo gira, aí vem um zunido ensurdecedor e o grito do gato, todos eles vão sussurrar. HEY, TEACHER, LEAVE THEM KIDS ALONE!




Pode postar.

lais digitando, oi

domingo, 4 de abril de 2010

Soletre "loucura"




Dentro do carro, ouvindo a mais divina melodia. Coberta com calda quente de chocolate, dentro da casca de vidro, demasiado humano. Enquanto fora, na chuva, no cinza, aproximava-se uma criatura que falava com a bruma. Desnuda de insegurança e vergonha, diante de meus olhos, pega sem hesitar a garrafa e copo da lixeira. Meticulosa, a criatura desamassa o copo e vira a garrafa contra ele, os 50mL de líquido preto com a espuma que escorreu, foram suficientes para lhe satisfazer o semblante.

Caminha mais uns três passos, senta-se na sarjeta. Com ironia do paradoxo, se recosta a cerca polida e prateada. À beira do que é dito humanidade, em meio a baba que escorria, uma aclamação clara foi lançada ao universo, um belo sorriso foi visto. Enquanto, dentro do ventre social, meus olhos de espectador, medíocre e humano, doaram apenas mais umidade e humanidade.

Devomos mesmo é "curar" a "loucura" daquele que sorri e traze-lo ao cárcere dos insatisfeitos.

Alguém poderia repetir para mim, quais são os ideais de um ser?

sábado, 3 de abril de 2010

Philip Glass

Einstein On The Beach - Nigth Train


oneoneoneoneoneoneoneoneoneoneoneoeoneoneoneoneoneoeoneoneoneoneoneoneoneoneoeoneoneoneoneoneoneoneoneoneoneoneoneoneoeoneoneoneoneoneoeoneoneoneoneoneoneoneoneoeoneoneoneone

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Fôlego




Mergulhar as bochechas dentre os flutuantes fios, toca a pele. Água escorre pelas paredes, atinge as orelhas, toma todo o azulejo e destaca seu grunhido. Bolhas de fluído menos denso escovam os cílios. Carinho. Ela toma conta, um repuxo pela busca de ar, o vácuo faz com que as gotas se levantem junto, brusca força tração dos pulmões.


voltou do céu ou do inferno?

domingo, 28 de março de 2010

01:01

para expansão de pupilas
almeja –se tudo que é abismo
toda a falta de cor
todo o preto subterrâneo
todo pudor

mantenha as pálpebras baixas
e quando erguer ao branco,
o reflexo impensável de seu asco a luz,
as diminuirá


isso é que eu chamo translovação de valores,
a escoliose te curviou para o errado
agora esborrache a cabeça de um prego contra a sua,
recompensa pelo seu medo de ser plácido





Compasso que me parece dedos
que me correm a pele, sobre a mais comprida linha de ossos, um projétil que me atinge a nuca.
Devia sentir essa sensação, o prazer de sentir a agonia de um frio que percorre a espinha.

sábado, 27 de março de 2010

Sobre a ponte eu estava,
Há dias, na noite cinzenta
Ao longe ouvi uma canção:
Ela pingava gotas de ouro.
Pela superfície trêmula
Gôndolas, luzes, música -
Ébria ela nadou para a escuridão…
Minha alma, um alaúde,
cantou a si, invisível e ferida,
uma canção veneziana, e segredou,
trêmula de ventura colorida.
Será que alguém a escutou?


Friedrich Nietzsche

sábado, 20 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

Ganido

Não há mais nenhuma nuvem a qual deseje, não tenho mais nenhum fantasma, nem mais um guinomo, é assim há muito tempo.
Mórbido, mas não vejo outra coisa que eu não consiga fazer.


Essa gotas que escorrem, pontos infinitesimais, um universo de orvalho, essa ingenuidade fluindo no escuro. A melodia do meu corpo se espalha
Descorada vontade de continuar embaixo, na densidade



Vá embora ó amarelo e me deixe diminuir o compasso,
antes que a vitrola se quebre na agonia do disco..






"We carry death out of the village!"

segunda-feira, 15 de março de 2010

Falso Verniz

Apesar de a bruma impedir de ver as picadas de mosquitos, com o embaçado há falta tempo para gerar duendes. Causa de um tumor, não há mais instantes em que se veja correr rumo ao laurel. O esgotamento é claramente apresentado no semblante.
O embaraço de uma cerração tem lá suas vantagens, mas a cegueira pode ser crônica, assim não é provável que vá ver a doçura de uma geada e os lampiões orvalhados.




aerado glacê,
abuso de fermento
estrutura mole e definição de oco


Hide behind an empty face
Don't have too much to say
That this is just a game


It's a beautiful lie
It's a perfect deny
Such a beautiful lie to believe in
So beautiful, beautiful that makes me

domingo, 14 de março de 2010

auto-flagelo

eu mostro a minhas entranhas o que meu corpo é capaz de suportar,
agora mostro a minha comunidade de monstrinhos
o diagnostico de impossibilidades sempre foi reservado as pseudo-conspirações, feitas por nada além de mim
minhas escolhas, meu cárcere
rotina pagã
palmas aos pensamentos mórbidos



o apropriado, o inadequado
isso não existe na minha cabeça


desculpe acabar com sua anestesia
mas estou ficando com náuseas
nunca viveu cá
você viu uma alma doce
um ator, um autor
agora que pode sentir outra vez
siga seu rumo
debulhe-se novamente
seu caminho a cegueira



ACLAMO MAIS UMA VEZ AO DOMINGO
ORVALHO INTEGRAL

sábado, 6 de março de 2010

pain of humans

Me arranha a garganta
muito mais pálido que o hábito
apenas pálpebras escuras



pessoas que me ensinaram a sorrir estão indo
há muito tempo apenas na lembrança
meu amarelo não me deixa dar adeus

não quero outro flashe

quinta-feira, 4 de março de 2010

.


uma consciência pálida,
onde me resta, o orvalho, notas
e um maldito humor, que vive a oscilar
entre,
seus ossos, inundados de poeira e hipocrisia,
a fragrância que me faz contorcer,
e um punhado de creme chantilly.



segunda-feira, 1 de março de 2010

tumulto


me engolindo





nunca imaginei ser tão satisfatório, arrancar sorrisos dos malditos malfeitores deste inferno
e
eu estou mesmo apreciando ver estes olhos brilharem
esses piscantes de piscates me entreteem



pêsames, me enfurecem
pesâmes, para aqueles que afirmarão a eternidade, suas falsas trevas








domingo, 28 de fevereiro de 2010

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Taxionomia

Recordando o mundo,
há uma regra: todos vão de encontro ao que lhe satisfaz

Alguns precisam fazer coisas vistas como “boas” (autótrofos), outros necessitam de atuar de forma “má” (heterótrofos). Sem esquecer que o julgamento, a interpretação é exercida pela sociedade que "vive" nesta época.
a maldade dita hoje,
já foi vista divina anteriormente.

É a maneira que nutrem seus egos.
a maioria acaba se frustrando por não saber caçar seu alimento
não é algo para ser ensinado,

instintivo





Vive também, o reino dos protistas
Ausência de categoria, uma constante desconhecida
são meus queridinhos





o instinto remanejado,
perece em esquecimento no seu cadáver.








Mas à todas as perguntas sabe responder
Tem um plano A e tem um plano B

Se você nunca se contradiz
Não abre mão do que te faz feliz
Se não há nada que abale sua paz
Já nasceu sabendo como é que se faz
e tudo segue do jeito que sempre quis

Temos um sócio no Clube dos Canalhas
Não admitimos que apontem nossas falhas

Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Aleatório

Sua cegueira é um insulto. Indigente!
Anos nesta conspiração para chegar a este momento.


grande aspas duplas:
" [...]
eu ganhei
você me faz sentir vivo
ainda vou te conhecer
só poderá se sentar na frente quando conseguir por seus pés no chão
guia de sobrevivência dos dodos
está chorando?
preta a, preta o
olhe para os 2 lados
nunca vamos perder contato
faça um pedido
você é muito conformista
já ta uma moça
aposto minha vida com você
eu te amo
sai agora daqui
você nunca acreditou
que bom que você vai embora daqui
tá tomando banho no escuro?
me desculpe
ainda bem que você existe
velha ranzinza
a gente não vive só de amor
você é boa, e eu sou uma pessoa má
pensei que fosse morrer
tem que dormir no seu quarto
hum, amendoim
cheiro do sabor de chiclete
vai ficar igualzinha a ela
o que quer ser quando crescer?
é o que eu mais quero
pare de mentir
p sherman 42, wallaby way, sydney
[...]"



me lembrei denovo
continue a nadar, nadar para achar a solução


caminho de minhas fantasias

enquanto você fica ai arrumando tumulto,
eu vou me aprimorando na arte do insulto

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

smells like teen spirit

Sinta essa doce composição, é cheiro do meu mau humor, invadindo suas cavidades nasais. Não corra, seu amarelo, já inalou, seu corpo absorveu a dependência. Deixou em choque sua comunidade neural, depois de enfurecer seu intelecto, emaranhou seus impulsos feito marionetes. Apresento seu ventriloco.

Depois de um tempo, sua careca, onde mais sente falta de ver algo crescer, vai começar a latejar, então vai servir de mural, uma exposição de insanidades vão florescer, bolhas para que possa visualizar. Não tampe com seu lixo, ou, vai infeccionar.

Convêm seguir o protocolo, você complementa, balançando a cabeça de forma afirmativa , e acrescenta um "sim senhor".

Não se enciume quando ouvir os aplausos, você ganha créditos por ter participado, do espetáculo de uma LOMBRIGA.



I feel stupid and contagious

domingo, 21 de fevereiro de 2010

mas, mas .

maldito direito de permanecer calada
Eu queria resmungar algo. Mas não sou exatamente muito apropriada a esmurrar qualquer reclamação agora.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Suportarás a voracidade. Como recompensa, prometo minha calmaria.

Reputação está em jogo, em volta de sua palavra. Um memorável voto de confiança.

Me faz lembrar, que eu sei,
sei que não vou precisar ficar miando por ai, esmigalhando ruídos na sombra de uma pedra.
Não quero mudar o rumo, o caminho para explosão de seu orgulho em função de seu sozinho “mim-pedra”.



Lava vulcânica, linda e alaranjada
Derretida, lama fervente


Vai percorrer tudo o que lhe é digno, que pertence a sua audácia, sucumbira tudo,
quando esfriar, estarás pronta. Rocha magmática, seu destino será belo, vai ver brotar de perto tudo aquilo que destruiu. Sua recompensa por renovar. Uma nova chance a vida por sua volta.

Tudo que ela fez, foi divulgar uma nova maneira de sobreviver ao fervor, ela nunca quis machucá-los. Tente por favor, entender. Ser imposto a desaforos, isso pode gerar aflição, tudo para o progresso dos atributos.

Seria pedir demais que não guarde mágoas. Mas suas cinzas e gases tóxicos, continuarão a se alastrar, por bom tempo, para que fixe em todos espaços de seus miólos.
Melhor que permaneça, a próxima vez que a devastação vier, nada de ser pego de surpresa, não decepcionar, uma chance de escorregar para um novo lar.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

frustrante


Sou SORTEada para tudo,
e eu sempre sei.

Quando vem a tona,
fico rosada, meu pescoço irrigece,
meu ritmo acelera, é algo instintivo,
uma proteção,
talvez um pouco acoada,
acabo me saindo muito bem, mas não gosto disso.
É tensão, que precede o teste.


Talvez isso implique de maneira positiva.
ou não.


Isso é um karma.
Essa é minha lei.


Ou quem sabe, eu tenho poderes!
A, tenho certeza,
são meus super poderes,
adivinhar as horas,
saber tudo.
Sempre, tudo mesmo.


MALDIÇÃO,
eu lhe concedo poderes ilimitados.




"foureightfifteensixteentwentythreefortytwofoureightfifteensixteentwentythreefortytwofoureightfifteensixteentwentythreefortytwofoureightfifteensixteentwentythreefortytwofoureightfifteensixteentwentythreefortytwofoureightfifteensixteentwentythreefortytwofoureightfifteensixteentwentythreefortytwofoureightfifteensixteentwentythreefortytwo"

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

e lá vamos nós,
adaptação a coisas antigas,
aos mesmos olhos, novas perspectivas,
sem esperança desta vez.


voltar não é retroceder

great!

Cinzas

Por que é que algumas pessoas pensam que peixe não é um animal?



Quarta feira,
É um dia católico em que não se deveria comer carne vermelha, certo?
Mesmo se elas não comem carne todos os dias no almoço, mas nesse dia, elas planejam comer peixe, "carne branca".


Peixes são expostos sem ninguém precisar colocar um anuncio. As vísceras podem ser exibidas normalmente, sem que alguém fique chocado. CHOCANTE.


eu gostava do beta que eu cozinhei, pensar que era o destino, talvez isso possa me confortar.



“Nenhum animal ou peixe foi maltratado para execução deste”.
Acho que não queria ser um salmão hoje.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

bastardo

É, você apaga a luz se quizer me fazer dormir, eu já estou bocejando.

Dormir. Afundar-me em meus pensamentos pagãos. Sempre consegui tudo, não me importa se para alguns, isso não conta.

Todos em seus vales de segredos. É isso que faz capaz de julgar e interpretar tudo o que lhe é apresentado, toda a memória de flashes, sons, cheiros e absurdos adquiridos, isso, todo esse envoltório, e atuação de influencia do meio externo, por isso coisas normais soam estranhas para quem é novato. É com sua perspectiva ilegal e única que vai poder reagir, ou não reagir, tomar a decisão de que roupa irá vestir e qual adornos usará. O que sobra, é seu instinto. Talvez sua natureza sempre estivesse certa.

Acreditar, confiar, perdoar, três demônios disfarçados. Sim, olhe bem, são virtudes duvidosas, elas não tem origem racional. Senhor razão

Aqui ou ali, de baixo do seu esconderijo fajuto, a grade de grama, de tanto pisotear, me parece enlameada, isso não me prende, e nem consegue aprisionar seus segredos.

Você rasga sua proteção, mas nunca deixa escapar seu "plano", ninguém faz isso, então é comum, normal.



Hora de fazer a biópsia, só para ver se é maligno.

devia usar um monóculo e aliar-se ao charuto, isso seria elegante!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

não contava com minha astúcia

ah, estou exausta,
foi meio engraçada essa noite, tudo bem, o tempo continua sendo meu pior inimigo,
algumas vezes, eu saia correndo no meio do povo, de que eu corria?
da besta ou dos céus?

que dia irônico, eu o adorei, ou não, eu não sei.
desci aos céus e encontrei meu ego gigante trabalhando muito bem, ou sera que subi, subi, ao inferno e me peguei mentindo denovo?

eu adoro mentir, seja no céu ou no inferno, não me importo, mentir agora, antes e depois.
eu nunca menti mesmo, que bobagem.

sempre odiei mesmo a esperança.






Gimme back my alcohol

Gimme back my alcohol

Gimme back my alcohol

Gimme back my alcohol

Gimme back my alcohol

Gimme back my alcohol

Gimme back my alcohol

Gimme back my alcohol


Gimme back my, gimme back my
Gimme back my...


adios engradados de coelhos enjaulados,cade sua tão dita virtuosa coragem.
não fui eu que impus esse cargo tão importante a ela.
sempre gostei de ser amarela, na verdade nunca fui, te peguei, hahaa.

estava no meio da turma do chaves, apesar da bruxa do 71 me dar um murro, eu a perdoo. veja como sou piedosa, outra não-virtude, nem sou nada, vou odia-la para sempre.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

algo te faz vivo

saber de tudo,
você é quem me conta tudo.
faz parte do tal flagelo, eu me divirto com essa irônia.

só quero lembrar, isso é um tremendo clichê, vendo de cima.
vai repetir? ninguém supera como eu.


congratulations my boy

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

You know that I could use somebody

Posso ser seu palhaço de terror,

Acontece que não só coisinhas tornam meu ego gigante, gritante, que colocam meu orgulho de pé todos os dias, no topo da cadeia (– estou algemado por cima). Coisas que eu faço sem precisar persuadir você, também me engrandecem. E olha, como funciona.
Só porque eu posso fazer o que quero.
Pena que eu não gosto disso.

Escrevi “ago”. tive que apagar.









... posso ser seu anjo também. or, both.
E agora tenho alergia, isso me humaniza, me enoja. Náuseas.


why so serious?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Blackbird

Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise.

Blackbird singing in the dead of the night
Take these sunken eyes and learn to see
All your life
You were only waiting for this moment to be free.











Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Papillon

Não sei como alguém tem tamanha ousadia de presentear-me com um animal morto.


repugnante
escroto
repulsivo

rrgh!




para mim ela tão linda

misteriosa

simples e refinada













Me parecia viva de sentimentos e expectativas!
Sou grata.

Elephant Gun

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Me Soprou Gélido.

Quando vi aquilo,
Inicialmente meus olhos não acreditaram
Minhas entranhas desejaram tanto ver respirar,
Mas estava frio, mole e tão morto.
Estremeci ao constatar minha impotência com aquilo.

Desculpe! Queria ter ouvido seus ganidos soando por ajuda. Queria tanto!


Carregar isso para o resto de minha existência.









por que morreu?

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Ecce Homo

"[...] eu amanso qualquer urso e sou capaz até de fazer de um palhaço uma pessoa decente. [...]"














Não confunda o meu sussurro frio, com sua depressão. Sua depressão não ajuda a ninguém.


Se eu gritar ou sussurrar, você estremece de qualquer jeito!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Bridget O'Malley





My Sunday it is weary, my Sunday it is grey now
My heart is a cold thing, my heart is a stone
All joy is dead within me, my life has gone away now
Another has taken my love for his own.






And your beauty will haunt me, wherever I go.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Like you


O tempo é como aquele seu amiguinho irritante do pré-escolar, pior é quando você tem de se aliar a ele para obter o esperado.
Sacrificar tempo para obter “bons tempos”. O tão dito esperar, que vai dar tudo certo, é uma tremenda confusão. Sempre haverá algo inconstante, como você, que vai causar inquietação e agonia. Ele te faz carregar amargura daquilo que mais ama.

Nada de querer o futuro, agora pode ser também. É uma brincadeira de pique, e não é você quem vai vencê-lo.






Cuidado, ele pode te engolir.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Oh Captain! My Capitain!

Vamos ver de um outro ângulo, mais do alto desta vez.




“Pegue seus botões de rosa enquanto pode. O tempo está voando. A estas horas, flores que hoje riem, amanhã estarão mortas”.














CARPE DIEM

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

In Utero

Imersa em água. Toda essa densidade me aguça os sentidos. Abri os olhos, pude ver a luz forte e duplicada, a imagem turva do banheiro. Perceber nitidamente o ritmo do meu corpo.

Garanto que não só a água da banheira fez meus olhos ficarem molhados.

A única perturbação que foi notável, é que eu posso sentir tudo isso sozinha



Queria mesmo é saber qual a maldição que impede que a criança permaneça no útero. O milagre da vida?







Poxa, queria ter pele de bebê para sempre!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

It picks you up and turns you around




Turns you around,
turns you around

domingo, 17 de janeiro de 2010

But my brain knows better

Assim como uma espinha saindo de minhas entranhas, isso é algo tão bom de se sentir, que me faz ficar tão aliviado por sentir, por lembrar. É a falta, a saudade. Por ter conseguido aquilo em alguns instantes, é como se eu estivesse satisfeita para toda vida. Ao mesmo tempo, essas dádivas me trazem uma sensação de agonia, da qual eu nunca fora testemunha anteriormente, não sei se ainda posso chamar de dádivas, já que no pacote vem junto algo que lapida meu ego, como se talha madeira, o fortalece, o amadurece, e esculpi de forma desfigurada, mas com intenção traçada, que tenta absorver de toda e qualquer forma o que lhe foi imposto, talhado através de boas e más lembranças, às vezes me parece tão insensível essa forma de trabalho que não posso decidir se me sinto feliz ou triste com isso, de qualquer forma eu acabo vendo e revendo o que consegui, toda essa fragrância de relatividade traz uma sensação de que o céu e o inferno são aliados.


And when i see you
I really see you upside down
But my brain knows better
It picks you up and turns you around

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O inferno relativo

Observar a oscilação da sombra dos móveis causada pela luz da televisão enquanto o vento vindo do ventilador entrepassa os cabelos e toca suavemente a pele, pode ser uma sensação de tamanha tranqüilidade aliada a uma simplória ternura causando um momento de êxtase profundo, outros poderiam observar um momento de tédio irremediável que causa uma extrema agonia podendo ser visto como infernal.

Está aberta a temporada de caça a relatividade.