sábado, 22 de maio de 2010

Dirty atmosphere





Homem barbado, mente recoberta pela mesma charlatanice que assolou a geração de reis do antigo regime, o dogma da eterna negação para com a nova prole de laranjas mecânicas. De sua cariada colônia de dentes verte poeira. Poeira de um absolutismo imaculadamente verde, maldita poeira se espalhando junto de sua imaturidade que se consolida com o ar. Ar esse que me recuso a respirar. Um ar falsário, um eterno e rabugento desconcerto com o cosmo. Nega a felicidade, afirma-se um ser superior e viril. Um crítico a repetição dos ciclos de gerações, mas nunca reconheceu o fato de uma melodia. Sobra em mim dúvidas desse tal direito que meus caros barbados tem de esmurrar sua potencia contra os que ainda estão em seu primeiro exoesqueleto.



chove, e ele reclama
                                             chove, e me alegro pois previ que ia reclamar
                                             chove, e a cada gota, se focaliza um dogma barbado em mim.




envelheço, rabugeio, eis aqui, a nova poeira laranja
sou o velho ciclo desrenovador
um falso verniz











THE SHINING


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